Para aprender o idioma é essencial conhecer as gírias em espanhol, e o tradutor deve saber adaptar a tradução de cada gíria dentro do contexto. Isso vai além de aprender gramática e vocabulário formal.
As gírias são expressões informais e podem ter uma grande variação em seus significados. Além disso, é uma questão cultural, que varia em cada região. Ao traduzir um conteúdo, o tradutor deve saber identificar o uso de gíria e adaptá-la ao texto mantendo o seu sentido.
O que são gírias em espanhol e por que são relevantes
Gírias ou jerga, são expressões informais que refletem a cultura, humor e identidade regional. Elas estão presentes em mídias, músicas, séries e causam uma conexão com o público.

Em espanhol o termo jerga significa gíria ou jargão. É utilizado para referir-se a um vocabulário informal praticado por um grupo social específico, ou para referir-se ao vocábulo técnico de determinada área ou profissão.
Para trabalhar com gírias em espanhol, o tradutor deve conhecer um pouco sobre a cultura do país de origem daquele idioma, e deve ter habilidade para fazer adaptações nas traduções. Adiante, veremos exemplos das expressões informais, e conheceremos os desafios dos tradutores neste contexto.
Exemplos de gírias regionais e seus contextos
É essencial entender gírias em espanhol para o tradutor não cometer gafes. Uma mesma palavra pode ter significados diferentes em vários locais, como também pode ser usada em apenas uma região.
A tradução de gírias em espanhol requer que o tradutor entenda o contexto para compreender aquilo que um nativo esteja falando. Alguns exemplos de expressões informais e seus contextos são:
- Na Espanha: Guay (representa alguém “legal” ou “bacana”), vale (é o famoso “ok”), qué fuerte (indica surpresa), tio/tia (para se referir a “cara” ou “mina”), flipar (“ficar louco”, “não acreditar”, por exemplo: estoy flipando con este juego / estou pirando com este jogo);
- Argentina e Uruguai: Che (“ei”, usado para iniciar uma frase ou chamar a atenção de alguém), buena onda (“legal”, “gente boa”, usada no contexto de descrever uma pessoa ou situação boa), quilombo (“problema”, “bagunça”, para expressar que algo está bagunçado);
- México: No manches (“Sério?”, “não brinca?”, expressão para representar surpresa com algo), wey (“cara”, “amigo”), neta (“realmente”, “fato”, “verdade”);
- Colômbia: Parce (“parceiro”, “amigo”), chévere (“maneiro”, “legal”, é muito usado em vários países da América Latina, principalmente na Colômbia;
- Chile: Cachai (“sacou?”, “entendeu?”), Weón/Weona (gíria versátil, pode indicar tanto um “amigo” como um “idiota”, depende do tom da fala e do contexto, por exemplo: Hola, Weón / oi, amigo, Heres un weón / você é um idiota).
Esses são alguns exemplos de gíria do idioma espanhol. A melhor forma de aprender sobre essas expressões informais, e saber como usá-las, é por meio de uma imersão na linguagem (ver séries e filmes, ouvir músicas, conversar com nativos e pesquisar a cultura em diferentes regiões).
As gírias surgem por meio de grupos sociais específicos, é uma maneira de criar uma identidade. Em outras palavras, uma gíria é uma linguagem informal popular entre os falantes de um idioma.
As gírias acabam se incorporando na linguagem cotidiana e o seu uso é influenciado pelas mídias, modismos e meios de comunicação. Atualmente, na internet, é comum o uso de expressões informais e observações para fazer comentários nas redes sociais. Uma gíria é um fenômeno linguístico entre nativos de um idioma.
Desafios na tradução de gírias
As gírias em espanhol para tradutor apresentam desafios. Em primeiro lugar, nem sempre existem equivalentes literais ou culturais para uma gíria. Com isso, as traduções literais podem resultar em um texto inadequado.

Os grandes desafios na tradução de gírias são preservar o sentido do texto e conseguir adequar as palavras, para evitar que uma tradução transmita uma ideia inadequada ou agressiva.
A tradução de gírias exige constantes pesquisas, requer conhecimentos culturais e jogo de cintura para fazer adaptações quando necessário, mantendo o tom do texto original. É preciso muito mais que o domínio linguístico.
Técnicas eficazes de adaptação
As gírias em espanhol e tradutor devem andar juntas, e algumas técnicas ajudam nesse processo. A primeira técnica é trabalhar na equivalência funcional. Ou seja, substituir por gíria local que cause impacto similar ao original.
Outras técnicas são a compensação estilística e as notas de tradução. A primeira técnica consiste em usar paráfrases que preservem o efeito emocional, e a segunda é utilizada em legendagem para esclarecer escolhas.
Como as gírias em espanhol representam a diversidade cultural na Espanha e em países latino-americanos
As gírias em espanhol refletem a diversidade cultural tanto na Espanha como nos países latino-americanos. Cada nação ou região tem suas próprias expressões informais. Por exemplo, a palavra “legal” ou “bacana” é “Chido”, na Colômbia é “Chévere”, na Espanha é “Guay”, e no Chile é “Bacán”.
Gírias na Argentina
Na Argentina o sotaque é marcante, as gírias recebem forte influência da Itália, em virtude da imigração. Outros exemplos de expressões informações no país argentino, além do que citamos anteriormente, são: Laburo (trabalho), Bondi (ônibus), Mina (menina) e Pibe/a (menina/a, jovem).
Gírias no Uruguai
O espanhol no Uruguai, assim como na Argentina, tem forte influência da Itália. Isso se nota na incorporação de expressões italianas e na sonoridade da fala. Algumas gírias mais faladas pelos uruguaios são: Guri/Guria (menino/a), Botija (criança) e Chamuyar (conversar de forma atraente ou ‘enrolar’ alguém).
Gírias no Paraguai
No Paraguai, o espanhol tem influência do guarani, idioma co-oficial no país, isso resulta em gírias únicas, como: Anga (para expressar pena, “coitadinho”), Opá (“Uau”) e Purete (Bacana, bom”).
Gírias na Venezuela
Na Venezuela as gírias mais faladas são: Jeva (expressa de forma informal a palavra namorada, mulher), Burda (grande quantidade, muito, bastante), Pana (parceiro, amigo), Chamo/a (rapaz ou moça) e chévere (bacana).
Gírias na Bolívia
Na Bolívia, as culturas indígenas,como Aimará e Quichua, possuem grande influência no vocabulário do país. As gírias mais comuns por lá são: Wawa (criança, bebê), Chela (cerveja), Tranqui (tranquilo, tudo bem, relaxa).
As gírias podem surgir de contexto histórico, social e geográfico. Alguns países, como Bolívia e Paraguai, possuem influências de línguas indígenas nas suas expressões informais.
Além disso, em cada país, pode haver uma diversidade de gírias para cada região, que seria como um código de identificação daquele povo. Como exemplo prático dessa identidade, vamos pensar no Brasil, os termos “trem” e “uai” logo trazem a memória do povo mineiro.
O Espanhol não é um idioma monolítico ou único, e sim, rica culturalmente em cada comunidade de falantes. Podemos notar tal diversidade na profusão de gírias faladas na Espanha e nos países latino americanos.
Como a AGBT Traduções atua nesse nicho
A AGBT (Agência Brasileira de Traduções) atua nesse nicho de traduzir gírias em espanhol e em outros idiomas, isso porque a agência possui profissionais especializados em jerga e variações regionais (Espanha e América Latina).
Além disso, atuamos com a revisão por meio de falantes nativos, analisamos o público-alvo e oferecemos apoio ao contexto midiático. Isso assegura qualidade e precisão nas traduções.
Traduzir gírias em espanhol exige sensibilidade cultural, precisão técnica e criatividade linguística. A AGBT fornece respaldo especializado, garantindo que o conteúdo mantenha seu impacto e naturalidade em cada público-alvo.
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