A cidadania austríaca desperta o interesse de muitas pessoas no Brasil, especialmente daquelas que possuem laços familiares com imigrantes vindos da Áustria. Além de representar um vínculo afetivo e cultural com o país europeu, ela também oferece vantagens práticas, como a possibilidade de residir e trabalhar legalmente em qualquer um dos países membros da União Europeia.
No entanto, o processo para obtê-la pode ser complexo e exige o cumprimento de uma série de requisitos específicos. Entender quem tem direito à cidadania austríaca, como ela funciona e quais são os documentos exigidos é o primeiro passo para iniciar o processo.
Neste artigo, você vai descobrir as principais formas de adquirir a nacionalidade austríaca, especialmente para brasileiros descendentes de austríacos. Também explicaremos o passo a passo da solicitação, os custos envolvidos e se vale a pena buscar esse reconhecimento.
O que é a cidadania austríaca e como ela funciona?
A cidadania austríaca é o vínculo jurídico que une uma pessoa ao Estado da Áustria, conferindo-lhe direitos e deveres como cidadão do país. Ela pode ser adquirida de diversas formas, sendo a mais comum a transmissão hereditária, ou seja, por descendência. Esse vínculo permite, entre outros benefícios, a livre circulação dentro da União Europeia, acesso ao sistema de saúde e educação austríacos e participação na vida política local.

O sistema de nacionalidade da Áustria é baseado no princípio do jus sanguinis, ou seja, o direito de sangue. Isso significa que filhos de cidadãos austríacos geralmente têm direito à cidadania, mesmo que tenham nascido fora da Áustria.
Contudo, o país adota uma postura bastante restritiva em relação à dupla cidadania, o que pode representar um obstáculo para quem não deseja renunciar à nacionalidade brasileira. Ainda assim, em casos específicos, como descendência direta ou restituição de cidadania, é possível manter as duas cidadanias legalmente.
Quem tem direito à cidadania austríaca?
A cidadania austríaca por descendência é a via mais comum e tradicional. Filhos de cidadãos austríacos registrados no nascimento, mesmo que fora do território austríaco, podem solicitar o reconhecimento da cidadania.
Em alguns casos, netos ou até bisnetos também conseguem solicitar, desde que consigam comprovar documentalmente a linha de descendência e que nenhum antepassado tenha perdido a cidadania austríaca por adquirir outra nacionalidade.
Outra possibilidade é a cidadania por casamento. Um estrangeiro casado com um cidadão austríaco pode solicitar a naturalização após um período mínimo de convivência e residência legal na Áustria. Por fim, há a cidadania por naturalização, que exige residência contínua e legal no país por, no mínimo, dez anos, além do domínio do idioma alemão, integração social e ausência de antecedentes criminais.
Cidadania austríaca para brasileiros descendentes de austríacos
O Brasil recebeu diversas ondas migratórias austríacas, especialmente entre o final do século XIX e início do século XX, o que faz com que muitas famílias brasileiras tenham ascendência austríaca. Estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram alguns dos destinos mais procurados por esses imigrantes.
Esses descendentes, hoje, buscam a cidadania austríaca como forma de resgatar as suas origens e abrir novas possibilidades de vida na Europa. Para comprovar a ascendência austríaca, é essencial reunir uma série de documentos que provem a ligação direta com o antepassado imigrante.
Isso inclui certidões de nascimento, casamento e óbito, além de registros de entrada no Brasil, como carteiras de imigrante, registros em cartórios e passaportes austríacos. Vale lembrar que a transmissão da cidadania pode ser interrompida caso algum antepassado tenha naturalizado-se brasileiro antes de registrar o nascimento dos filhos, por isso é necessário analisar cada caso individualmente.
Como solicitar a cidadania austríaca: passo a passo
O primeiro passo para solicitar a cidadania austríaca é reunir todos os documentos que comprovem a ligação familiar com o cidadão austríaco. Isso inclui tanto os documentos brasileiros (certidões de nascimento, casamento, etc.) quanto os austríacos, como registros civis e passaportes antigos.
Em muitos casos, será necessário buscar documentos em arquivos históricos tanto no Brasil quanto na Áustria, o que pode demandar tempo e investimento. Após reunir os documentos, é preciso providenciar a tradução juramentada de todos eles para o alemão, além de realizar o apostilamento de Haia, que confere validade internacional aos documentos públicos.
Com tudo em mãos, o pedido pode ser enviado ao Consulado da Áustria no Brasil ou diretamente ao governo austríaco, dependendo da via escolhida para obtenção da cidadania. O tempo de análise varia, podendo levar entre 6 meses e 2 anos.
Durante esse processo, é altamente recomendável manter uma organização rigorosa dos documentos, criando cópias físicas e digitais de cada etapa concluída. Além disso, acompanhar as atualizações nos sites oficiais dos consulados austríacos pode evitar contratempos, já que os requisitos e procedimentos podem sofrer alterações ao longo do tempo.
Para quem não domina o idioma alemão ou tem dificuldades com a burocracia, contar com uma assessoria especializada pode ser essencial para garantir que o pedido seja aceito sem erros formais ou pendências documentais.
Documentos necessários para tirar a cidadania austríaca
A lista de documentos pode variar conforme o tipo de solicitação, mas em geral inclui certidões de nascimento, casamento e óbito de todos os envolvidos na linha de descendência, desde o ancestral austríaco até o requerente. Esses documentos devem estar atualizados, em formato inteiro teor, e devidamente legalizados. Também podem ser exigidos registros religiosos e civis antigos, o que requer pesquisa em arquivos e igrejas.

Além dos documentos brasileiros, é essencial apresentar registros austríacos que comprovem a nacionalidade do antepassado. Entre os mais solicitados estão o passaporte austríaco, certidões de nascimento e casamento emitidas na Áustria, além de comprovantes de entrada no Brasil.
Também podem ser exigidos documentos pessoais do requerente, como RG, CPF, comprovante de residência e histórico escolar, dependendo da forma de aquisição da cidadania.
Quanto custa tirar a cidadania austríaca?
Os custos para tirar a cidadania austríaca variam bastante, dependendo do tipo de processo, da complexidade do caso e da quantidade de documentos a serem buscados. As taxas consulares giram em torno de algumas centenas de euros, cobrindo a análise e o processamento do pedido. Além disso, há custos administrativos com certidões, cópias autenticadas e envio de documentos ao exterior.
Outro fator relevante é o custo com tradução juramentada, que deve ser feita do português para o alemão, e com o apostilamento de Haia em todos os documentos. Em alguns casos, é necessário contratar serviços especializados para localizar documentos históricos tanto no Brasil quanto na Áustria.
Muitas pessoas optam por contratar assessorias especializadas, como a AGBT, que oferecem suporte completo na montagem do processo, o que pode representar um investimento adicional, mas poupa tempo e reduz riscos de erro.
Vale a pena buscar a cidadania austríaca?
Buscar a cidadania austríaca pode ser um processo longo, custoso e burocrático, mas para quem possui laços com o país e deseja ter acesso aos benefícios da União Europeia, o esforço pode valer a pena. Além de garantir mobilidade internacional, a cidadania oferece oportunidades acadêmicas, profissionais e culturais em toda a Europa, ampliando horizontes pessoais e profissionais.
Aqueles que têm direito por descendência ou por outras vias devem considerar essa possibilidade com atenção e planejamento. Contar com uma assessoria especializada como a AGBT – Agência Brasileira de Traduções – pode facilitar muito o processo, desde a busca documental até a tradução juramentada e o envio do pedido. Se você acredita ter direito, o momento de começar a se informar e dar os primeiros passos é agora.