É normal pensarmos que a gramática do inglês é muito complicada, pois quando nos deparamos com certas regras isso nos causa estranhamento. A princípio, é uma gramática que aparenta ser muito diferente da nossa, mas, na verdade, toda língua, que não a nativa, causará estranhamento.
Obviamente, o inglês não é tão próximo do português quanto o espanhol, mas isso é porque a matriz histórica desses idiomas é diferente. Além disso, muitos países de idioma espanhol rodeiam o Brasil no mapa da América do Sul.
Na verdade, a gramática do inglês é mais fácil de aprender do que parece. Uma vez que vencemos a estranheza inicial, as regras se tornam mais claras e sua aplicação passa a fazer sentido nas frases e textos. É possível ver isso desde o vocabulário, à ordem das palavras na estruturação de frases e à diferença na utilização de gênero e palavras no plural.
A boa notícia em relação à gramática do inglês, é que aprendê-la ajuda a ter fluência no idioma, isto é, na fala e na escrita. Hoje em dia, essa habilidade é vital para obter uma vida profissional melhor. Isso vai desde um currículo melhor até o uso específico do inglês em algumas carreiras, como a de tradutor, por exemplo.
Confira a seguir se a gramática do inglês é tão diferente assim da nossa, com os detalhes dos principais aspectos linguísticos do idioma. Veja quanto tempo é necessário, em média, para que você se torne fluente, e qual desses é mais difícil aprender: fala ou escrita em inglês!
A gramática do inglês é muito diferente do português?
Nossa estranheza inicial diante dos termos em inglês, sejam escritos ou falados, não é à toa. Ocorre que a língua portuguesa, assim como a espanhola, tem origem latina, isto é, romana. Já a língua inglesa tem origem germânica, região onde fica atualmente a Alemanha e outros países europeus.
Por vir de povos completamente diferentes, a gramática portuguesa é muito diferente da inglesa. Veja a seguir cada aspecto da gramática do inglês em detalhes:
O vocabulário da língua inglesa
O vocabulário inglês é constituído, em sua maior parte, de palavras com origem germânica, isto é, alemã. Mas, existem algumas palavras de origem latina, que gerou línguas como o português, o francês, o italiano e o espanhol.
Por isso que, em meio aos estudos do idioma inglês, encontramos palavras parecidas com o português, como “fatal” ou “accidental”. Mas existem palavras que parecem muito com as em português, mas possuem significado bem diferente, como é o caso dos falsos cognatos, os quais são uma matéria complicada da gramática do inglês.
Diferenças na pronúncia
A pronúncia é de longe onde a diferença da gramática do inglês para o português é mais sentida. Nossa pronúncia levam sempre a combinação de consoante e vogal, mas no inglês, isso não é necessário. As consoantes podem ser pronunciadas sem o de vogal.
Por exemplo, a palavra “scheme” é pronunciada por falantes nativos do inglês sem qualquer vogal no início. Mas um brasileiro tende a pronunciar o “i” antes do “s” e geralmente fala “ischeme” em sua pronúncia.
Outro exemplo na pronúncia que é completamente fora da realidade do idioma português é o famoso e temido som do “th”, que acompanha muitas palavras, tais quais “brother”, “father” e “though”. Mas a dificuldade é uma via de mão dupla, pois os falantes nativos de inglês não conseguem, sem muito treino, fazer som anasalado, como em “pão”, “não” e “cidadão”.
Ordem das palavras na estruturação de frases
Se a pronúncia é motivo de estranhamento, a ordem das palavras na gramática do inglês é motivo de confusão para a maioria dos brasileiros. Por exemplo, a palavra Batman, se fosse traduzida literalmente, seria “Morcego homem” em português, ao invés de “Homem morcego”, que é o correto. Isso acontece porque em inglês o adjetivo sempre vem antes do substantivo, mas no português é o contrário.
Fora isso, não existem diferenças de estrutura, pois no inglês as frases também são construídas com um sujeito, um verbo e um objeto.
Diferença na utilização de gênero e palavras no plural
Na gramática do inglês, não existe gênero nos artigos definidos, indefinidos e nas palavras, como é no português. Por exemplo, a palavra “player” é utilizada para falar tanto de “jogador” quanto de “jogadora”. Existem algumas exceções a essa regra, mas são poucos casos.
Outro aspecto importante da gramática do inglês é que os adjetivos não recebem flexão de número, isto é, não vão para o plural. Em inglês, você pode dizer a seguinte frase: “They are intelligent.” O adjetivo “inteligente” não é usado no plural, mesmo que o pronome “Eles/Elas” seja.
Quanto tempo estudando para aprender um inglês fluente?
Por mais que essa pergunta seja muito comum, a resposta é sempre uma variável. Um cálculo feito por estudiosos estima que é necessário estudar 2h de inglês por dia. Com esse ritmo de estudo, é possível dominar a comunicação antes de 2 anos completos. No entanto, é difícil obter todo esse tempo para o estudo diário. Portanto, é mais comum estudar até 3h por semana e atingir a fluência em alguns anos.
Seja como for o seu ritmo de estudo da gramática do inglês, o resultado depende do quanto você estuda com frequência. Além disso, a fluência significa dominar a comunicação para ler, escrever, ouvir e falar.
Essas são as quatro “skills” (habilidades) exigidas para determinar domínio em outro idioma.
É mais difícil aprender a falar ou escrever em inglês?
Por ter uma estrutura gramatical mais simples do que muitas línguas, inclusive o português, é mais fácil aprender a escrever o inglês do que falar. No entanto, a facilidade de um sobre o outro não deve refletir na quantidade de estudo. É preciso equilibrar o aprendizado de cada habilidade.
Na mesma intensidade em que você estuda a escrita, deve estudar a pronúncia, pois as duas coisas fazem parte da gramática do inglês. Em algumas profissões, a habilidade de ler ou escrever é mais importante, já em outras é vital saber se expressar em inglês. No segundo caso, o ideal é desenvolver ao máximo as quatro habilidades.
Profissões em que a fluência em inglês é essencial
Em muitos casos, as empresas pedem apenas que o colaborador saiba ler e escrever em inglês. Isso ocorre especialmente no recebimento e envio de e-mails.
Na vida acadêmica, o inglês é necessário principalmente para ler livros e artigos científicos de autores estrangeiros. Mas existem profissões em que o inglês fluente é imprescindível.
Tradutor
Essa é a mais óbvia das opções de carreira onde a fluência é vital, mas aqui o nível é intensificado. Quanto melhor o nível de vocabulário e gramática, melhor será a carreira. O tradutor pode trabalhar com empresas, criar a própria empresa de tradução ou ser freelancer.
TI
O problema atual no mercado de trabalho de Tecnologia da Informação do Brasil é que não faltam excelentes profissionais, mas os softwares são em inglês, assim como os códigos de programação. É impossível ser um bom profissional de TI sem conhecer profundamente o inglês.
Interpretação
Assim como a tradução, que pode ser feita sobre livros, e-books, e-mails, manuais, cursos, entre uma infinidade de conteúdos, a interpretação também requer um nível alto de fluência. Na interpretação, o profissional deve saber ouvir muito bem e se expressar bem.
É uma profissão muito requisitada, ainda mais em aulas e palestras. Também existe a carreira do tradutor simultâneo, onde o tradutor fala ao mesmo tempo em que os nativos da língua. Geralmente esse serviço é requisitado em eventos ao vivo ou televisionados.
Turismo
Essa é uma profissão que tem o inglês como premissa. Mesmo que seja turismo no Brasil, sempre há a possibilidade de contato direto com cidadãos estrangeiros, por isso saber o inglês é vital para ter uma boa performance nessa profissão. Isso vale para qualquer área do turismo.
Relações Internacionais/Comércio Exterior
Essas profissões envolvem operações de venda em outros países e atuação em consulados e embaixadas, portanto, o contato com estrangeiros é direto e feito em base diária. Nesse caso, o domínio do inglês não é opcional.
Agora que você conheceu as sutilezas da gramática do inglês, em quanto tempo esse idioma pode ser aprendido e opções de carreira para quem tem fluência, o próximo passo é fazer um plano de estudos e mergulhar de vez na língua e cultura dos países falantes de inglês!